quinta-feira, 23 de maio de 2013

boa noticia


Aparelho permite carregar telemóvel em 20 segundos

Publicado às 12.40

 
 
Aparelho permite carregar telemóvel em 20 segundos
 
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Uma jovem norte-americana inventou um aparelho capaz de carregar um telemóvel em apenas 20 segundos. A invenção está a despertar interesse nos gigantes da tecnologia.
A criação da jovem californiana, de 18 anos, consegue armazenar uma grande quantidade de energia num espaço reduzido. Esha Khare aumentou a energia e diminui o espaço, em comparação com as baterias disponíveis de momento, no mercado.
O equipamento, conhecido como supercapacitador, ainda se encontra em fase de testes. No entanto, já se especula sobre a adaptação a outros equipamentos portáteis e até automóveis que funcionem com bateria elétrica.
 
Aparelho permite carregar telemóvel em 20 segundos
A ideia foi merecedora de um prémio de 50 mil dólares
 
Como fruto do seu trabalho, Esha recebeu um prémio de 50 mil dólares (quase 40 mil euros), atribuído na Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF). A Intel ISEF é a maior competição de ciência "pré-ensino superior" em todo o mundo, que chega a atribuir prémios superiores a três milhões de euros.
A estudante, que solucionou um problema para o qual muitas empresas procuravam resposta, deverá entrar numa das mais prestigiadas instituições do mundo: a Universidade de Harvard.
A inventora do supercapacitador está já em conversações com a gigante Google, sendo o tema de maior foco a adaptação do aparelho a outros equipamentos.

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Preciso que me façam sorrir , a Mimi, uma boa companheira o fará

quinta-feira, 16 de maio de 2013

noticia do publico de hoje


Nuno Júdice vence Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana


Dez anos depois de Sophia de Mello Breyner ter recebido o prémio em 2003.


 
O poeta Nuno Júdice foi nesta quinta-feira galardoado com o XXII Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero- Americana, atribuído pelo Património Nacional espanhol e pela Universidade de Salamanca no valor de 42.100 euros.
O prémio reconhece o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade ibero-americana.
O júri considerou o poeta, ensaísta e ficcionista português, como autor de uma poesia "muito elaborada, de um classicismo depurado" mas ao mesmo tempo com um grande compromisso com a realidade, segundo a agência EFE.
Nesta edição o júri foi constituído por 18 personalidades ibero-americanas da área da filologia, da literatura e do ensaio literário, entre eles, José Rodriguez-Spiteri Palazuelo, presidente do Património Nacional, Daniel Hernández Ruipérez, Reitor da Universidade de Salamanca, José Manuel Blecua Perdices, da Real Academia Espanhola, e Víctor García da la Concha, director do Instituto Cervantes.
À agência Lusa, Nuno Júdice afirmou que o prémio ajudará à projecção da sua obra e sublinhou que evidencia “a importância da poesia portuguesa” no contexto ibero-americano.
“Vai dar projecção à minha obra, mas mais importante que isso, mostra que a poesia portuguesa continua a ter um papel importante neste contexto [ibero-americano]”, disse à Lusa o autor, que confessou estar “contentíssimo” como o galardão.
Nuno Júdice, que está publicado em Espanha e em vários países da América Latina, reconheceu que é “razoavelmente conhecido, mas não foi isso que terá contribuído para o prémio”, que foi “uma surpresa quando soube hoje de manhã”.
O poeta está a trabalhar num novo livro de poesia, ainda sem título, que “deverá ser editado no final deste ano ou no princípio do próximo”.
Nuno Júdice, de 64 anos, é autor de 30 livros de poesia, entre eles, A matéria do poema e Guia dos conceitos básicos, editado em 2010. O autor, que começou a publicar poesia em 1972 - A noção do poema e O pavão sonoro -, tem escrito também obras de ensaio, teatro e ficção. A Dom Quixote publicou, no passado mês de Fevereiro, a novela A Implosão. Além do universo hispânico, Nuno Júdice tem obras traduzidas em Itália, Inglaterra e França.
Nasceu na Mexilhoeira Grande, Algarve, formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. É professor associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989. Entre 1997 e 2004 desempenhou as funções de Conselheiro Cultural e director do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou o seu primeiro livro de poesia em 1972. Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, onde tem uma antologia na colecção Visor de poesia, e França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard. Dirigiu até 1999 a revista Tabacaria da Casa Fernando Pessoa. Em 2009 assumiu a direcção da revista Colóquio/Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.
O escritor já foi galardoado com vários prémios literários, nomeadamente o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio Dom Dinis, em 1990, o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1995, e o Prémio Fernando Namora, em 2004.

Pensamento

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa


vento


mensagem nova












Cientistas clonaram células estaminais embrionárias humanas com a técnica da Dolly


ANA GERSCHENFELD

15/05/2013 - 20:11


Um avanço considerado fundamental para a medicina e cujas potencialidades se espera há anos que se concretizem um dia.Remoção do núcleo de um ovócito antes da transferência do núcleo de uma célula adulta REVISTA CELL/TACHIBANA ET AL.




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TÓPICOS

Clonagem


A aplicação à medicina humana da técnica que permitiu clonar, em 1996, a célebre ovelha Dolly, tinha ficado quase esquecida. Mas esta quinta-feira, na revista Cell, uma equipa de cientistas norte-americanos volta a pô-la na ordem do dia, revelando ter conseguido, pela primeira vez — e finalmente com sucesso, afirmam — clonar células estaminais embrionárias (CEE) humanas inserindo uma célula humana adulta num ovócito humano e provocando uma “fecundação” artificial.



O objectivo não é clonar seres humanos, mas apenas criar no laboratório, a partir das células do corpo de um doente (da pele, por exemplo), linhagens de CEE que possam ser usadas para gerar tecidos e órgãos em tudo compatíveis com esse doente, eliminando para sempre os problemas de rejeição imunitária associados aos transplantes.
Ao longo dos anos, foram feitos vários anúncios a proclamar o sucesso em humanos, com vista a aplicações terapêuticas, da técnica de clonagem da Dolly, dita de “transferência nuclear de células somáticas”. Mas tratou-se sempre de falsas partidas. Assim, em 2001, a empresa norte-americana Advanced Cell Technology disse tê-lo conseguido — mas os embriões só chegavam a ter quatro e seis células, pelo que ficavam numa fase muito mais precoce do que a do blastocisto, que é a fase em que o embrião já possui 150 células e contém as tão procuradas CEE. Outras empresas também tentariam, mas sem sucesso confirmado. Em 2005, houve mesmo um anúncio, que se revelaria fraudulento, do sul-coreano Hwang Woo-suk.

Entretanto, por causa dos problemas éticos relacionados com os embriões e a clonagem humana, houve cientistas que começaram a explorar outras vias de obtenção de células estaminais que não passassem pelo embrião, investigações que deram lugar às chamadas “células estaminais pluripotentes induzidas”, resultantes de uma reprogramação genética de células humanas adultas que as faz voltar, por assim dizer, à infância. Mas esta via continua ainda hoje a suscitar receios de que a reprogramação celular gere mutações que, se estas células forem introduzidas num doente, possam ser perigosas para a sua saúde.





Pelo seu lado, em 2007, os autores dos resultados agora anunciados — Shoukhrat Mitalipov, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (EUA), e colegas — conseguiam aperfeiçoar a técnica de clonagem da Dolly e fazê-la funcionar, em poucos meses, nos primatas. Obtiveram então, pela primeira vez, culturas laboratoriais de células estaminais embrionárias a partir de células adultas de macacos Rhesus e de ovócitos desses animais (ver A clonagem chega ao mundo dos primatas e desta vez não é ficção, PÚBLICO de 15/11/2007).





São estes cientistas que anunciam agora o resultado com células humanas. “As pessoas perguntam-nos por que é que demoramos seis anos a passar dos macacos aos humanos”, diz Mitalipov, citado numa notícia publicada esta quarta-feira no site da revista Nature. A dificuldade não foi, esclarece, de ordem científica, mas de ordem legislativa, por causa dos obstáculos interpostos pela regulamentação norte-americana à investigação em embriões humanos.





Estes cientistas conseguiram ainda um outro avanço, que os faz acreditar que a clonagem possa realmente vir a ter utilidade terapêutica. O facto de terem sido necessários pouquíssimos ovócitos para gerar linhagens de CEE humanas. “Conseguimos produzir uma das linhagens de CEE a partir de apenas dois ovócitos humanos, o que poderá tornar viável a utilização terapêutica generalizada da técnica”, explicou Mitalipov à revista Cell. “Os nossos resultados abrem novas vias para gerar células estaminais para os doentes com tecidos e órgãos disfuncionais ou danificados. Estas células poderão regenerar e substituir aqueles tecidos ou órgãos e lutar contra doenças que afectam milhões de pessoas.”